Por que a segurança alimentar é mais ampla do que patógenos e alérgenos

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Jun 01, 2023

Por que a segurança alimentar é mais ampla do que patógenos e alérgenos

— OPINIÃO — Na sociedade atual, as preocupações com a segurança alimentar giram frequentemente em torno dos alergénios e dos agentes patogénicos. Contudo, a alimentação segura vai além destas considerações para um número crescente de pessoas no mundo.

- OPINIÃO -

Na sociedade atual, as preocupações com a segurança alimentar giram frequentemente em torno de alergénios e agentes patogénicos. No entanto, a alimentação segura vai além destas considerações para um número crescente de pessoas no Reino Unido.

A prevenção de doenças de origem alimentar e a gestão de alergénios continuam a ser vitais, mas é igualmente importante alargar a definição de segurança alimentar para incluir o fornecimento de informações nutricionais essenciais.

A disponibilidade de dados nutricionais abrangentes em todos os estabelecimentos alimentares é crucial para indivíduos que gerem doenças como a diabetes. Os diabéticos dependem de informações precisas sobre carboidratos para calcular com precisão a dosagem de insulina.

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune grave em que o nível de glicose (açúcar) no sangue é muito alto porque o corpo não consegue produzir um hormônio chamado insulina. Não tem nada a ver com uma dieta pobre ou um estilo de vida pouco saudável, mas estas circunstâncias aceleram as chances de contrair o tipo 2.

Estimativas da Diabetes UK mostram que 5 milhões de pessoas no Reino Unido têm diabetes, embora nem todas sejam diagnosticadas, e é do tipo 1 em cerca de 400.000 pessoas. Quase 1,9 milhão de americanos têm diabetes tipo 1, de acordo com a American Diabetes Association.

Viver com diabetes é difícil, é implacável, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano e envolve pesagem constante de alimentos e cálculos de dosagem de carboidratos/insulina. O diabetes não afeta você apenas fisicamente, mas também emocionalmente. Há muitos fatores a serem considerados e pode ser estressante saber o que é melhor, mas você não deveria precisar colocar sua vida em espera. Todos os tipos de alimentos são adequados para pessoas com diabetes tipo 1.

Um diabético, ou pai de uma criança diabética, inspeciona os rótulos dos alimentos para verificar o conteúdo nutricional daquele alimento (principalmente carboidratos), se não estiver, não compramos porque, sem ele, não é possível calcular a dosagem de insulina necessária para neutralizar esses carboidratos. Esses dados são encontrados em todos os produtos alimentícios embalados, mas não em produtos a granel ou pré-embalados, nem podem ser encontrados na maioria dos cardápios de restaurantes, cafés, vendedores ambulantes ou vans de sorvetes.

A contagem de carboidratos é muito importante para manter os níveis de açúcar no sangue estáveis ​​e evitar picos. Isso significa combinar a insulina com a quantidade de carboidratos que você ingere e bebe. É preciso tempo e esforço, mas depois que você pegar o jeito, a contagem de carboidratos pode levar a um melhor controle do açúcar no sangue. Também lhe dá mais opções sobre quando – e quanto – você come. Você pode aproveitar ocasiões especiais e guloseimas alterando as doses de insulina.

Necessidade de dados nutricionais completos

Ao considerar a segurança alimentar, devemos ampliar a nossa perspectiva para incluir as necessidades específicas de indivíduos com diversas condições de saúde.

Os locais de alimentação e hospitalidade devem fornecer dados nutricionais completos porque, para indivíduos com diabetes, é crucial conhecer o teor de carboidratos dos alimentos. O acesso a informações precisas permite-lhes fazer escolhas alimentares adequadas e calcular a insulina.

Ao fornecer informações detalhadas sobre carboidratos, os estabelecimentos de alimentação podem ajudar os diabéticos a calcular as doses de insulina com precisão, promovendo um melhor controle do açúcar no sangue e reduzindo o risco de complicações.

Se estiverem disponíveis dados nutricionais abrangentes, os estabelecimentos alimentares podem atrair consumidores preocupados com a saúde, promover uma reputação de marca positiva e diferenciar-se num mercado competitivo. Além disso, acomodar necessidades dietéticas específicas pode aumentar a satisfação e a fidelidade do cliente.

A Diabetes UK publicou um guia com uma lista de estabelecimentos que incluíram o teor de carboidratos, açúcar, gordura e sal em cada porção dos menus.

Obrigar o fornecimento de dados nutricionais em locais de alimentação é um passo crítico para promover a transparência e a responsabilização na indústria. Incentiva os fabricantes e estabelecimentos alimentares a priorizarem a saúde dos consumidores, formulando e oferecendo opções mais saudáveis.

As iniciativas educativas podem aumentar a consciencialização sobre a importância de questões que vão além dos agentes patogénicos e dos alergénios, enfatizando a importância dos dados nutricionais. A colaboração entre agências governamentais, partes interessadas da indústria alimentar, profissionais de saúde e grupos de defesa dos consumidores também é vital no desenvolvimento de estratégias abrangentes para melhorar a segurança alimentar das populações vulneráveis.